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Aposentados – maior procura por crédito consignado

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O volume de dinheiro liberado no crédito consignado para aposentados e pensionistas do INSS subiu cerca de 17% só em maio. E a razão para tal número é que a modalidade de empréstimo pessoal, que já era a mais barata do mercado, ficou ainda mais atraente com a taxa básica de juros da econimia (Selic) elevada aos 10,25%. Tudo porque esse tipo de financiamento foi o único que não sofreu impacto da Selic.

É que uma determinação da Previdência Social proíbe a cobrança de juros superiores a 2,34% ao mês nessa modalidade. O porcentual está em vigor desde setembro de 2009, e não foi atualizado até agora. Enquanto isso, outros tipos de empréstimo ficaram ainda mais caros.
Isso explica, em parte, a razão pela qual o volume financeiro emprestado aos aposentados subiu 16,97% em apenas um mês. Em abril, os beneficiários do INSS no Estado de São Paulo contrataram R$ 554,2 milhões no consignado. Em maio, foram R$ 648,3 milhões.

O número de empréstimos também cresceu, bem como o valor médio de cada contrato — em maio, chegou a R$ 3.147, o maior desde o início do ano. “O consignado é a modalidade de crédito mais barata do mercado não só porque há uma determinação do governo que impõe um limite aos juros cobrados. É o mais barato também por não oferecer risco aos bancos”, afirma Keyler Carvalho Rocha, professor do laboratório de finanças da Fundação Instituto de Administração (FIA).

Mas o crescimento da concessão de crédito consignado pode esfriar nos próximos meses. É que bancos devem em breve pressionar o governo para ampliar o teto das taxas. “Se a Selic subir mais até o fim do ano, e isso deve ocorrer, as instituições financeiras vão querer reajustar as taxas do consignado”, explica Miguel de Oliveira, vice-presidente da Associação Nacional de Executivos em Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac).
Outro componente que poderia ajudar a frear um pouco a busca por esse tipo de empréstimo é o endividamento de aposentados e pensionistas. Hoje, dos 6.171.507 de beneficiários do INSS existentes no Estado de São Paulo, 2.528.185 deles (ou 41% do total) têm contrato de crédito consignado vigente.

E quem pensar em recorrer ao crédito, precisa avaliar antes o seu orçamento. “Embora o crédito consignado não cause inadimplência direto, ele é um grande gerador de inadimplência em outras modalidades de crédito”, afirma Wellington Gomes, diretor da empresa de recuperação de crédito SysOpen.

Por isso, além de pesquisar os juros no mercado, antes de contratar o crédito consignado o aposentado deve analisar suas despesas mensais e sempre deixar uma margem para pagamento de contas emergenciais.

Publicado em 28/06/2010
(Carolina Dall¿Ólio – Jornal da Tarde)

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