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Como se preparar para quando a idade chegar?

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O dia 27 de setembro é celebrado no Brasil como o Dia do Idoso. A data é bastante oportuna para uma reflexão sobre a forma como você vem se preparando para quando chegar à idade mais avançada.

O economista Humberto Veiga, autor do livro Tranquilidade Financeira, afirma que a melhor preparação para esse momento é planejar, em especial, o nível de gastos que pretende manter. “Você precisa ter noção de quanto vai precisar. Com base nesses objetivos, vai poder fazer um plano realista”, disse.

Previdência privada

Inevitavelmente, a preparação financeira para o futuro implica pensar sobre aposentadoria, planos de previdência privada e previdência social. Veiga destaca que, nesse sentido, quanto mais cedo você começar, melhores serão suas condições de obter uma renda maior.

“De maneira geral, por conta dos custos que os planos de previdência privada acarretam, se a pessoa for disciplinada, é mais aconselhável buscar alternativas mais baratas de investimento. Caso ela não tenha disponibilidade para gerenciar os investimentos, deve lutar por planos que cobrem taxas de administração menor”, recomenda o especialista.

Veiga dá um exemplo: poupar, ao longo de 35 anos, R$ 100 por mês em um plano de previdência que cobre 1% de taxa de gestão renderia um saldo acumulado de R$ 198 mil. Já um plano que cobrasse 3% levaria a um montante de R$ 124 mil. “É uma diferença absurda de mais de R$ 70 mil. Lógico que esse valor não vai garantir nenhuma aposentadoria, mas mostra o efeito dos juros compostos e a importância de se buscar as taxas mais baixas de administração”, alertou Veiga.

Pública vale a pena

Quando o assunto é previdência social, Humberto Veiga se declara como um defensor da modalidade. Mesmo quem não é obrigado por lei a contribuir com o INSS, como trabalhadores autônomos, por exemplo, não deve deixar de aproveitar os benefícios do serviço.

“A previdência pública é mais que um plano para a aposentadoria. É também um seguro. É ela que vai garantir que você tire a licença para cuidar do filho recém-nascido ou se um acidente de trabalho o impedir de exercer sua atividade por seis meses. Um seguro particular que cobrisse isso seria extremamente caro”, comentou.

Outro aspecto apontado pelo especialista a favor da previdência social é a questão da diversificação. “Você corre risco de lá na frente ter perdido um pouco do valor de sua aposentadoria em relação ao que contribuiu. Mas, se você considerar que, em uma brincadeira, você pode perder o equivalente a R$ 70 mil, ou que outros investimentos também trazer grandes riscos, vale a pena manter o INSS”.

Para quem já chegou lá

Para as pessoas com idade mais avançada, para quem os planos de investimento a longo prazo deixam de ser tão vantajosos, Humberto Veiga indica “fazer as contas de trás para frente”, afinal, a renda do indivíduo provavelmente já está definida e é preciso avaliar a necessidade ou não de continuar trabalhando.

“Os custos de vida dos idosos são realmente altos. Se ele mora de aluguel, então, a coisa é ainda pior. O momento é de fazer uma adequação. Ver se as coberturas do plano de saúde estão de acordo com as necessidades da nova fase, bem como as coberturas dos seguros para proteção dos bens e patrimônios”, sugere Veiga.

Para essa proteção, o economista aconselha ainda evitar ao máximo os riscos nos investimentos. O ideal é manter aplicações conservadoras e “não fazer nenhuma gracinha”, investindo no que está na moda ou em novidades que aparecem. “Financeiramente, pode não dar tempo de se recuperar de perdas financeiras. Por isso, é hora de tomar atitudes realmente conservadoras e cautelosas”, finalizou.

Publicado em 29/09/2010
(Evelin Ribeiro – InfoMoney)

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