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Manter o padrão de vida de aposentados é um desafio global

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O envelhecimento populacional é uma ameaça ao crescimento global e à prosperidade mundial? Sim, garante a Associação Global de Federações de Seguradoras (GFIA, na sigla em inglês). Em seu recente relatório “Provisão de Aposentadoria para uma População em Envelhecimento”, a GFIA conclui que o eventual fracasso no enfrentamento dos desafios impostos pelo envelhecimento global da população trarão sérias consequências para as economias de muitos países membros do G-20.

O documento, traduzido para o português pela CNseg, trata das consequências da longevidade e dos desafios que os governos de países desenvolvidos terão para manter o padrão de vida de suas respectivas populações na fase da aposentadoria, sem ter de aumentar a arrecadação. “Com o aumento da pressão demográfica, muitos países precisam balancear as necessidades de seus futuros aposentados para manter um padrão de vida adequado com o valor cobrado de seus trabalhadores, para não sobrecarregá-los”, registra o relatório.

A questão é que as transformações demográficas são um desafio mundial sem precedentes. Em artigo recente da série “insights”, a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) identificou que pelo menos uma em cada quatro pessoas terá mais de 65 anos em 2050 em aproximadamente dois terços dos países membros. A porcentagem de pessoas com mais de 80 anos irá mais que duplicar, de 4% em 2010 para 10% em 2050.

No Japão, Espanha e Alemanha, essas tendências serão ainda mais pronunciadas, com a expectativa de que a proporção de pessoas acima dos 80 triplique, de 5% para 15% na Espanha e Alemanha, e de 6% para 16% no Japão. A velocidade do envelhecimento será ainda mais dramática em algumas economias emergentes. A China, por exemplo, levou apenas 40 anos para aumentar a sua expectativa de vida de 40 para 70 anos. Já a Alemanha, precisou de 80 anos.

De acordo com a GFIA, dois fatores adicionais agravam o desafio da longevidade. O primeiro é o alto nível de endividamento público, que restringe a poupança governamental necessária para acomodar os custos crescentes com aposentadoria. Globalmente, o déficit público aumentou significativamente na década passada. Por exemplo, a média entre o déficit público e o PIB da zona do euro era de 65% em 2007. Em 2014 ela chegou a 92%.

O segundo fator é o ambiente de baixas taxas de juros em muitas das grandes economias, o que torna ainda mais difícil financiar pensões privadas que podem ajudar a preencher o vazio deixado pela retração nos sistemas de previdência pública. Na Alemanha, por exemplo, a taxa de juros de longo prazo e sem riscos estava em torno de 7% em 1994, 4% em 2004 e menos de 1% em 2014.

A proposta da GFIA para enfrentar a questão é o aumento da sustentabilidade e a diversificação dos sistemas previdenciários. A ideia é oferecer poupanças complementares para aposentadoria e utilizar mecanismos suplementares de custeio de aposentadorias para além das provisões da Seguridade Social. Outra recomendação é a adoção de medidas políticas, por parte dos governos, com o propósito de proteger os trabalhadores que possuam previdência privada, garantindo estabilidade regulatória e flexibilidade para inovação para o setor segurador, um dos principais provedoras de poupanças de longo prazo e produtos de previdência.

No âmbito do sistema previdenciário, uma saída para garantir a sustentabilidade seria a diversificação de pilares para reduzir a exposição a um único fator de risco externo. “As previdências privadas servem como uma função complementar às estruturas de previdência social do governo, tornando o sistema como um todo mais robusto e resiliente”, sugere o relatório.

Já na esfera das políticas governamentais, uma das medidas viáveis seria o incentivo para a formação de poupança de longo prazo para a aposentadoria. Para esse fim, os governos podem utilizar certas ferramentas políticas como, por exemplo, regras de adesão, incentivos fiscais, contribuições estatais para a previdência, educação, entre outras. Também poderiam adotar diferentes tipos de regras de adesão para o acesso à previdência, como, por exemplo, adesão automática, adesões quase mandatórias (plano subsidiado pelo empregador) e produtos de previdência voluntária.

Para a GFIA, as seguradoras possuem papel integral e fundamental nesse esforço de enfrentamento da longevidade. Além de prover proteção para riscos de vida, as seguradoras também podem oferecer uma ampla gama de produtos de previdência em linha com as tradições e práticas de mercado que variam entre os diferentes países. “As seguradoras estão prontas para trabalhar com os formuladores de políticas públicas para ajudar a garantir que a mais ampla parcela da população tenha acesso a um sistema de previdência bem elaborado, diversificado e robusto”, conclui o relatório.

Fonte: Segs

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