O cartão de crédito tem forte peso nas compras por impulso. Não é à toa que eles respondem por quase metade dos pedidos de renegociação de dívida encaminhados ao mutirão on-line, realizado pela Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon), do Ministério da Justiça, via o portal de intermediação de conflitos Consumidor.gov.br.
— O cartão de crédito é sempre um problema. Primeiro a pessoa não consegue quitar e paga o mínimo, depois não consegue pagar o mínimo, entra no rotativo e já está feito. Não por acaso, mudaram as regras do rotativo agora. O consumidor precisa ser resgatado antes que fique inadimplente — defende Daniele Cardoso, coordenadora do Sistema Nacional de Informações de Defesa do Consumidor (Sindec), que reúne dados dos Procons.
A educadora financeira Laura Coutinho, sugere que se pense na imagem da balança para entender o caminho para o equilíbrio financeiro.
— O consumo está em um prato, de um lado da balança, e a poupança, do outro. Na base está a renda, o salário. Esses dois pratos estão sempre em movimento. A gente não vive numa ilha, há fatores externos como inflação, a forma como funciona o sistema financeiro, que agem sobre as nossas contas sem que possamos fazer nada. O que precisamos é cuidar das questões pessoais, do orçamento e do planejamento do consumo — explica a educadora.
Fonte: O Globo











