Notícias

Projeção da inflação permanece em alta

| Notícias

O mercado financeiro voltou a elevar a estimativa de inflação pela 18ª vez consecutiva, passando de 5,54% na semana passada para 5,67% ontem, segundo o relatório Focus, divulgado pelo Banco Central.
De acordo com o professor de finanças da FGV-EAESP, Fabio Gallo Garcia, este aumento no começo foi devido a fatores sazonais, mas agora o que pesou foi o aumento do consumo.

“A perspectiva de inflação vem crescendo ao longo de 2010. Logo no início do ano os aumentos dos preços foram devido a causas nitidamente sazonais, como alta das mensalidades escolares e do álcool anidro, entre outros. Não se sabia que até aquele momento a pressão inflacionária era devido a outras causa conjunturais.Com o passar dos meses, verificou-se que a inflação estava mais forte e persistente e que era devida ao nível de consumo na economia brasileira. Para convergir o nível de inflação para a meta proposta pelas autoridades monetárias, em sua última reunião, o COPOM elevou a taxa básica de juros da nossa economia para 9,5%, na busca de retirar liquidez do mercado e, assim, forçar a inflação para baixo.”

Também nessa segunda, a FGV divulgou que o IPC-S (Índice de preços ao Consumidor – Semanal) teve alta de 0,47%, valor um pouco menor do que o 0,64% verificado até o dia 15 de maio. Para Gallo, esse índice é pontual e não permite verificar tendências. “Mas a expectativa é que, com a elevação da taxa de juros e outras ações de controle orçamentário, a inflação fique pelo menos dentro da meta, entre 2,5% e 6,5%.”

Com relação ao PIB, o relatório Focus prevê avanço de 6,46% – resultado também influenciado pelo consumo. “O alto nível de consumo é um dos principais fatores que estão impulsionando o crescimento do PIB. Isto é muito positivo porque o Brasil tem que buscar o seu desenvolvimento, diminuindo as suas desigualdades e oferecendo mais oportunidades a todos. No entanto o crescimento de forma desordenada pode levar o país de volta à inflação. Em outros termos, devemos crescer, mas de maneira ordenada com ganhos de produtividade, para evitar que a expansão de demanda ocorra em conjunto com a expansão da oferta.”

Para finalizar, a dica do professor aos consumidores é cautela. “Em momentos de crise e de perspectivas de aumento de juros, o consumidor deve manter seu orçamento familiar sob rigoroso controle, gastando somente o que cabe em suas contas. Financiamentos devem ser adquiridos somente quando houver real necessidade, caso caibam dentro do orçamento. A palavra de ordem é organização.”

Publicado em 26/05/2010
(Executivos Financeiros)

Aposentados e pensionistas podem optar pela tributação regressiva

Aposentados e pensionistas dos planos Multifuturo I e Multifuturo II agora têm a possibilidade de alterar o regime de tributação de seus benefícios para a tabela regressiva do Imposto de Renda (IR). Essa mudança foi autorizada pela Receita Federal, conforme a Solução de Consulta COSIT nº 68, publicada em...

+ LEIA MAIS