Identificar e cortar desperdícios é fundamental para manter as contas em dia
Os eternos temores com relação à inflação fazem com que as pessoas se preocupem especialmente com as dívidas pendentes. Para controlar os gastos, muitos passam a fazer um planejamento do orçamento familiar, com o objetivo de cortar os itens “supérfluos”. Seria essa a maneira correta de se fazer um orçamento?
Para o especialista em finanças Jurandir Macedo, professor da disciplina de Finanças Pessoais na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), cortar os supérfluos é um erro. “Os supérfluos nos dão alegria de viver. O que é preciso é cortar os desperdícios. E não há desperdício maior que o pagamento de juros.”
Levantamentos indicam que, de cada seis brasileiros, quatro pagam juros. “Pesssoas com problemas financeiros podem desenvolver problemas de saúde e também comprometer seu desempenho pessoal e profissional”, explica Adelir Maria de Oliveira, assistente social da Fusesc. Em sua experiência, ela conta que já atendeu muitas pessoas desesperadas, afogadas em dívidas. “Vemos casos de bancários que, ao lidarem com somas significativas de dinheiro alheio (correntistas), perderam a noção do valor do seu próprio salário.”
Vicente Bortoli, participante aposentadoPara o participante Vicente de Paulo Bortoli, que se aposentou em abril deste ano, o efeito foi o contrário. “Vi muitas histórias tristes trabalhando no banco.” Casado e pai de dois rapazes, de 18 e 21 anos, ele acha que seus filhos aprenderam, por seu próprio exemplo, a lidar com dinheiro. Controlado em suas finanças, o único empréstimo que precisou fazer foi para reformar a casa.11 “Controlo o meu orçamento de forma minuciosa. Tenho uma planilha em que coloco todas as despesas”, explica.
Quem sabe lidar com o computador pode organizar seus gastos em programas de planilhas eletrônicas. É o que faz Mário Pedro Gevaerd, aposentado pelo BESC. “Controlo minhas contas assim desde que me aposentei – é como um hobby”, diz ele, que tenta até estabelecer porcentagens a serem gastas em cada área. “Neste momento, por exemplo, eu gasto 50% do salário com moradia e alimentação. Mas acho importante frisar que essas porcentagens podem variar de acordo com o momento de vida.” Em 2005, Mário foi acometido por um câncer de intestino e chegou a gastar quase metade do salário em despesas médicas. “Não teria conseguido me recuperar se não tivesse investimentos e um fundo de reserva”, salienta. O plano de saúde também foi imprescindível nesse contexto.
O Investimento no Futuro começa agora
Para aqueles que querem começar a poupar, o professor Jurandir ensina: “O ideal é que a pessoa guarde de 6% a 8% de seu salário em um fundo de reserva, independentemente de quanto ela ganhe”.
A Fusesc possibilita aos seus participantes investir hoje na qualidade de vida do futuro, já que eles podem contribuir com um percentual do salário para um plano de benefícios, montando uma reserva previdenciária em seu nome. Contam ainda com a vantagem da patrocinadora contribuir com o mesmo percentual para sua reserva.
Destinar recursos para um plano de previdência complementar é uma excelente maneira de criar uma disciplina de economia que garanta tranqüilidade em relação ao futuro.
Publicado em 26/09/2009
Fonte: Fusesc Informa 136










