Durante o Natal, é muito comum se perder em intermináveis compras de presentes e ainda gastar mais do que o planejado ou do que se tem no bolso. Para evitar entrar no vermelho e economizar energia e tempo é preciso disciplina e planejamento. Segundo o economista e presidente do Conselho Regional de Economia (Corecon-MG), Wilson Benício Siqueira, a antiga receita de “nunca gastar mais do que o disponível” continua valendo.
O primeiro passo deve ser a definição de quanto está disposto a gastar, no total, com os presentes de Natal. A segunda preocupação que se deve ter é com uma lista detalhada com o nome dos presenteados e com o valor que se pretende gastar com cada um deles. Segundo Siqueira, essas dicas evitam que a pessoa perca o controle dos gastos.
“Os atrativos são muitos, mas a pessoa só deve comprar o que é necessário. É preciso fazer as contas do que irá receber, como o 13º salário, e do que tem a pagar no mês para saber o que vai sobrar para gastar. No caso de pagamento a prazo, certifique-se de que não há juros embutidos”, diz.
Para o economista, a pesquisa de preço em, no mínimo, três lojas é fundamental para evitar bater perna. Ele alerta que nas compras realizadas à vista, sempre é possível pedir desconto de 10%. “Para quem tem acesso à internet, é interessante pesquisar em qual lugar está mais barato, isso evita o estresse e as surpresas desagradáveis. Procure escolher grandes centros comerciais que possam oferecer muitas lojas e diversas opções de preços e serviços”, observa.
Disciplina. A dona de casa Maria de Fátima Paula conta que nunca ultrapassa o valor do que pode gastar e, para isso, não foge da lista que faz. Ela já iniciou as compras deste Natal. Ao todo, são três filhos, dois netos e dois afilhados para agradar.
“Nunca saio de casa sem saber o que vou comprar, assim não corro o risco de ficar em dúvida e comprar o que não preciso. Tento fazer as compras nas lojas do meu bairro e, o que não encontro, deixo para achar tudo em um shopping. Os netos ganham os presente mais caros, para os demais, procuro encontrar uma lembrancinha dentro do que cada um gosta”, diz.
Eletrônicos. Segundo o economista da Fundação Getulio Vargas (FGV), André Braz, para quem pretende comprar produtos eletrônicos vale a pena esperar até dezembro. De acordo com ele, o melhor é aguardar pela guerra das empresas concorrentes.
“Os produtos ainda ficarão mais baratos quando as lojas estiverem com os estoques completos. Hoje, os preços não refletem uma competição entre os lojistas. Acredito que, nesse caso, não é interessante antecipar o consumo”, observa. Para ele, não há risco de os preços subirem até dezembro.
Publicado em 03/11/2009
AssPreviSite – por Tâmara Teixeira










