O impulso consumista já é identificado desde a infância. Não é à toa que as crianças influenciaram gastos na ordem de US$ 90 bilhões na década de 1990 no Brasil. Diante deste dado, você levaria ou não o seu filho na hora da compra de material escolar? Se sua resposta foi “não”, saiba que alguns especialistas acreditam que isso não é o mais indicado.
De acordo com os autores do livro “Você sabe lidar com o seu dinheiro? Da infância à velhice” (Primavera Editorial), Marília Cardoso e Luciano Gissi Fonseca, esta é uma excelente oportunidade para passar conceitos de educação financeira para as crianças, desde que os pais sejam exemplo para os filhos.
“Os pais têm a missão de mostrar que o dinheiro não cai do céu nem brota em árvores, lição que resolve dois problemas de uma única vez: primeiro porque justifica as saídas diárias para o trabalho, segundo, forma cidadãos conscientes do seu consumo”, afirmou Marília.
Compra de material
E esses conceitos podem ser passados logo no início do ano, quando os pais estão preocupados com o acúmulo de contas – como o IPTU e IPVA, além das compras de final de ano – e devem explicar às crianças qual o motivo da “tensão” financeira.
“O ideal é que a criança participe das compras e que os pais aproveitem a ocasião para ensinar limites e falar sobre valores que são importantes durante toda a vida. Na prática, ao incluir a criança no processo de compra, os pais colaboram na formação de cidadãos que praticam o consumo consciente”, afirmou Fonseca.
Confira, abaixo, algumas dicas para passar conceitos financeiros para as crianças:
– Reforce que as moedas e cédulas precisam ser bem conservadas porque, quando danificadas, o governo gasta o nosso dinheiro para repô-las;
– Mostre que algumas moedas e cédulas valem mais que outras, mas que todas têm valor;
– Na compra do material escolar, procure distinguir coisas caras das baratas e mostre a diferença do querer e precisar;
– Ensine a fazer escolhas. Quando a criança quiser dois itens, faça-a escolher apenas um para que aprenda a eleger as suas prioridades;
Peça a colaboração dos tios e avós na educação financeira, pois eles podem colocar tudo a perder se derem presentes e dinheiro o tempo todo.
Publicado em 22/01/2010
InfoMoney










